E por fim o pai:
— Quinto. Vamos embora.
Pouco depois de retomarem a viagem, saem da auto-estrada.
— Já estamos a chegar a Évora — anuncia o pai.
— Depressa para o restaurante — exige o Vicente. — Estou cheio de fome.
Ao entrarem na cidade, um velhinho de bengala está no passeio a preparar-se para atra-
vessar numa passadeira. O pai pára para o deixar passar, mas o carro que ia ao lado ignora-o
e continua a andar, obrigando o peão a esperar.
— Papá, por que é que paraste e o outro carro não? — pergunta o Vicente.
— Os peões têm sempre prioridade nas passadeiras — enuncia a Mariana. — Isso também
eu sei.
— Só não têm prioridade se houver um sinal luminoso vermelho a indicar que devem
esperar — precisa o pai. — É assim para garantir a segurança das pessoas que andam a pé.
E a mãe demonstra:
— Se houver um choque entre uma pessoa e um carro percebes quem é que fica a perder,
não é Vicente?
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